quarta-feira, maio 4


Não faz sentido. Agora não. Todos os dias os teus passos me fazem perder e lembrar do início de tudo. Quando eu ignorava completamente a tua existência, que até hoje não foi merecida. Realmente já te tinha visto, mas nunca olhara para ti. Juro que te vi sorrir. Não sei se sorris-te por dentro e dei conta pelos teus olhos castanhos que te denunciaram ou se realmente sorriste. Era o sorriso mais bonito que alguma vez vira, perfeito. Consegui rir às primeiras palavras que me dirigiste e nunca as esqueci, nunca, até as querer perder. Depois de tudo -e não digas que não aconteceu- sei que para ti também era diferente. Era especial! 
Duas letras conseguiram destruir tudo. Nem o tom que as fez ouvirem-se fez sentido. Caiu tudo de nada para nada e as ruínas de ninguém, essas, são de ninguém! Mais nada se ia fazer dizer, talvez não existisse mesmo nada. Demasiado. 
"É-me indiferente!"- a esperança que se tornasse no desejo. Passavas e não te via, por mais perto que estivesses, mesmo pela incrível falta que provocavas aos meus olhos, podia cegar, mas nem esse mínimo respeito merecias. É agora esse desejo, desesperado por um sinal que te possa dar, que te faz querer voltar... Apaguei o regresso. Mas eu que te esquecera, não esqueci, a noite foi a prova e ontem foi a certeza. Eu já não quero. Tu, sei que sim.      

2 comentários:

Rosinha disse...

Amei , completamente :o
Está lindo !

b∞ disse...

obg Bia! tmb adorei o teu :D