terça-feira, agosto 30

Quero saber que não preciso de ti. Vou esquecer-te. O início ficou pela partida. Fecho os olhos à lua para não alcançar os teus,  mas o estrondo de um pestanejar consegue colocar-te à frente dos meus olhos e trazer a saudade tentada a ser esquecida, que já conhecemos tão bem, algures entre o meu pensamento e o teu coração. Pedi-te por tudo para largares a mais mínima palavra que me pudesse aconchegar, quando o cansaço se apodera-se de mim e me fizesse cair na noite até acordar de manhã! Conseguiste! E eu esqueci-me do que é dormir. Deixei de ouvir o teu pigarrear triste quando o sono me fazia largar o telemóvel, deixei de sentir a ânsia que transparecia quando passavam demasiados minutos sem uma resposta. Já nem esquecer faz sentido! Agora as tuas palavras assombram-me e obrigam-me a lembrar as palavras que me pareciam ser as mais parvas, tão até, que as sei de cor, tão parvas que não me deixam senão as lágrimas que tu já não vais secar. 
Foi pouco pelo tanto que te amo.

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